quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vida Abundante?


Certa vez Jesus afirmou: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10:10). Como explicar a miséria, a violência e o desamor que têm assolado as famílias nos dias atuais? Teria Jesus falhado em sua missão? Por que encontramos tantas pessoas em condições subumanas?

Embora Deus ame a todas as pessoas – o Seu plano é de fazer o bem, e não o mal –, somos nós os responsáveis pelo destino que damos às nossas próprias vidas. Desejamos a paz de Cristo, mas, caminhando na direção do pecado, continuaremos no caos, vendo imperar o egoísmo e a maldade.

A vida abundante pode ser alcançada. Tudo começa quando cremos que Deus existe e que o seu amor é real. Ao perceber esse amor, a nossa vida é transformada e nossas atitudes mudam – é primeiro em nós que a mudança deve ocorrer –. Com sinceridade, amor e perdão em nosso testemunho de vida a comunidade a nossa volta verá, como que por reflexo, o amor de Deus.

A vida abundante não está relacionada à quantidade de bens que possuímos, mas à nossa capacidade de viver e de repartir com o próximo o amor – o amor é Deus em nós –.

Ao vivermos assim, perceberemos que já não vivemos nós, mas é Cristo quem vive em nós, e que Ele não falhou em sua missão; perceberemos que a vida que vivemos já não mais é uma vida comum, mas, uma vida que vai além da nossa própria vida, uma vida que transforma outras vidas, uma vida com propósito e cheia de realizações, uma vida que vale a pena ser vivida.

Que Deus te impulsione nesse propósito. Que você viva abundantemente! 

Guaraci Vieira

Em 21 de outubro de 2015.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A semente à beira do Caminho


O Brasil é um país de maioria cristã. Trazemos os símbolos do cristianismo estampados em nossos pescoços, roupas, paredes, etc... Praticamente todas as pessoas conhecem a história do nascimento e da morte de Jesus Cristo. Não é raro encontramos um exemplar da Bíblia Sagrada nas casas e nos comércios. Contudo, uma pergunta nos intriga: Por que não vemos os frutos dessa boa semente?

Ao contar a Parábola do Semeador, Jesus disse que uma parte das sementes caiu à beira do caminho e os pássaros vieram e a comeram. Quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração. (Mt 13:4 e 19)

Uma casa se faz com tijolos, cimento, areia e água. Mas, entre ter o material e  dizer que se tem uma casa, há uma grande diferença. O Evangelho traz uma revelação de Deus, uma lógica que precisa ser compreendida. A leitura de textos bíblicos e a sua compreensão são ações distintas.

A lógica do Evangelho aponta para a Graça de Cristo, a revelação da boa vontade de Deus em nos amar. Mais que simplesmente nos amar, Ele nos amou sendo nós ainda pecadores, de onde se infere que esse amor independe do que fizemos ou podemos fazer para Ele, que esse amor não está fundado em nós, mas em Deus. Deus não nos ama porque somos honestos ou bonzinhos. Ele nos ama porque Ele é bom.

A Graça é o grande presente de Deus para o pecador. De fato, o homem, por mérito, não alcançaria a salvação de sua alma. Nunca nossas obras seriam suficientes a nos justificar diante de Deus. Daí Jesus, por seu sacrifício, ter aberto as portas dos céus para nós, os pecadores.

A ausência de frutos decorre das ações de homens e mulheres que simplesmente optaram por dispensar o amor. Agindo em semelhança ao filho pródigo (Lc 15:11-32), dizem a Deus: “Eu também te amo, mas eu quero viver a minha vida; de preferência, longe de você.” Outros escolheram permanecer pecando, na certeza de que o inabalável amor de Deus não tem fim. Essas respostas apontam para a semente que foi roubada, aquela que caiu à beira do caminho, uma semente que não brotará. Um coração que não compreende o sentido do amor não consegue correspondê-lo.

Ao contemplarmos a Graça, ocorre a renovação da nossa mente, a semente encontra solo fértil. O amor de Deus nos leva a, despretensiosamente, mudarmos de atitude, e essa é a lógica da Graça. Não faz sentido respondermos com ódio, egoísmo ou rancor a alguém que, mesmo sabendo quem somos, insiste em nos amar sem exigir nada em troca.

Portanto, é inútil tentar se justificar diante de Deus. Permita que a Graça opere o milagre e o mundo verá os frutos do verdadeiro cristianismo.

Que Deus te abençoe.

Guaraci Vieira

Em 22 de julho de 2015.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Pés Sujos


(João 13:1-17)

Mesmo caminhando ao lado de Jesus, seus discípulos sujaram os pés. Nem sempre nos sujamos por inteiro, nem todo pecado é voluntário, mas, de regra, diariamente precisamos nos lavar.

Jesus sai em socorro daqueles a quem ama. Ele não perguntou o porquê de eles estarem sujos, não era essa a prioridade. Jesus os serviu, limpando a sujeira que os impregnava, isso era o necessário.

Hoje, muitas pessoas são excluídas de nossas comunidades de fé porque estão com os pés sujos. Pessoas de boa índole, de bom coração, mas que, na caminhada, por alguma desventura, pisaram fora da trilha e sujaram seus pés.

Não podemos fazer vista grossa ao pecado, mas a existência do pecado não pode ser motivo suficiente a nos afastar do pecador. Mesmo sabendo que entre os discípulos estava aquele que o trairia, Jesus lavou os pés de todos eles. O próprio Cristo disse que não veio para julgar, mas para salvar (Jo 3:17).

Não julgar, não desistir de ninguém e servir, essas são atitudes que se espera dos cristãos. Somos chamados para estender a mão e ajudar aqueles que estão caídos a se erguerem, oferecendo a eles uma nova oportunidade. Ao lavar os pés uns dos outros, evitamos que a sujeira do pecado possa causar feridas e as feridas mutilações no corpo – corpo de Cristo.

Que Deus nos ajude nesse propósito.

Guaraci Vieira

Em 12 de junho de 2015.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Barro e Oleiro



Certa vez, o profeta Jeremias foi conduzido pelo Senhor a uma olaria. Chegando lá, eis que o oleiro estava fazendo a sua obra sobre a roda. (Jr 18:1-6)

O oleiro, como todo artista, é um sonhador. Ele pega o barro e o amassa, o centraliza na roda e começa a moldá-lo, dando forma a algo que antes só existia em seus pensamentos. Somente ao final do processo é que se saberá se a peça criada será uma peça comum, como um jarro ou uma panela, ou uma peça fina, um vaso ornamental.

A dinâmica do oleiro nos remete a Deus, quando, no início, do pó da terra, moldou o barro e criou o homem. A Bíblia revela que Ele nos fez vasos e que se alegrou com a obra que criara. Ele disse: “Isso é muito bom”. A impressão do Artista em nós fez do barro uma obra prima.

Em muitas situações, na olaria da vida, somos o barro, precisamos ser amassados para termos a consistência ideal, além de não podermos ir ao fogo trazendo em nós impurezas; quanto à forma que teremos, devemos ser a expressão do sonho de Deus e não a do nosso próprio sonho. Porém, em outras situações, sobressaltam os traços do Artista na obra e assumimos a posição de oleiro, a nós compete decidir sobre o destino que daremos à nossa própria vida. Realmente, possuímos capacidade criativa, construímos famílias, trazemos à luz filhos, moldamos vidas...  

Contudo, não raras vezes, os sonhos não se realizam, o avião não decola, o leite azeda, o vaso moldado não corresponde ao planejado, quando não, se esmiúça em nossas mãos. Não é regra, mas, acidentes acontecem inclusive na vida dos cristãos. Então, o que fazer quando o fracasso se avizinha?

Na olaria, Jeremias presenciou o momento em que isso aconteceu – um vaso se quebra ainda sobre a roda – e como o oleiro tratou a situação: o oleiro “tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.” (Jr. 18:4)

Assim, se o dia mal se apresentar e o sonho desmoronar, não se desespere, não se constranja em retornar ao início. Como um oleiro, não descarte os pedaços, mas junte-os e os amasse novamente, as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã. A cada dia o Senhor nos dá a oportunidade de começarmos de novo, afinal, o fracasso não nos alcança quando caímos, mas quando nos recusamos a nos levantar. (Pv 28:13)

Que o Senhor renove as suas forças.

Guaraci Vieira

Em 13 de maio de 2015.

domingo, 5 de abril de 2015

O que eu tenho é tão pouco


Na vida do cristão, todos os momentos são propícios ao aprendizado. Seja qual for o local onde nos encontramos, se estivermos atentos, poderemos ouvir a voz de Deus.
Em Mc 6:30-41, Jesus ensinava a multidão em um deserto. Como a tarde ia chegando e o povo ainda não tinha se alimentado, uma questão foi proposta aos apóstolos: Como alimentar a multidão?
O Senhor chama os seus fieis de “sal da terra” e de “luz do mundo”. Diante disso, o mundo espera algo de nós, ele nos pede alimento – para a alma –, ele nos exige demonstrar o sabor sal e o brilho da luz.
Atentando apenas para o que se via, os discípulos sugeriram a Jesus que dispensasse a multidão. Quando somos confrontados por um mundo que nos pede solução, buscamos entregar uma resposta construída a partir das nossas próprias forças, isso tem sido frequente entre os cristãos. 
Jesus avança e tenta conduzir a discussão para a esfera espiritual: “Dai-lhes vós de comer.”
A partir do momento em que o Espírito Santo passou a habitar em você, você tem condições de oferecer ao coração faminto o Pão, o alimento que sacia a fome da alma e que é vendido sem preço àqueles que não têm dinheiro.
Uma vez que é no plano espiritual que as questões são, primeiro, decididas, a resposta, no plano físico, pode até parecer loucura: “cinco pães e dois peixes são suficientes”. Jesus pede que o povo se assente em grupos, em seguida, agradece a Deus pelo alimento e, por fim, começa a repartir os pães e os peixes que lhe foram confiados. Veja que Jesus não os multiplica, mas os reparte.
Quantas vezes olhamos para nós mesmos e não acreditamos que o que dispomos é o suficiente? Não espere que aquilo que você possui se multiplique em suas mãos para, então, obedecer ao comando do Senhor. No momento em que repartimos o pouco que temos é que o milagre acontece.  
Celebre a Deus pelo que você possui. Um pouco é o suficiente para a realização do milagre.
Um grande abraço,
Guaraci Vieira


Em 5 de abril de 2015.

terça-feira, 24 de março de 2015

O Pediatra




Uma coisa que chama a atenção dos adultos é a sinceridade das crianças. O “sim” delas, acompanhado de um sorriso quando gostam de algo, quer dizer sim e o “não”, com todas as letras, quando não gostam, quer dizer não. O adulto, por sua vez, para falar um “sim”, ou um “não”, tem que examinar antes todas as variáveis presentes no contexto.

Dois homens bem diferentes viviam em Jericó quando Jesus foi visitá-la: um deles era cego e mendigava à beira do caminho, na entrada da cidade (Lc 18:35-43), o outro era rico e trabalhava na coletoria de impostos (Lc 19:1-10). Ao perceberem a aproximação de Jesus, os dois não se sentiram acanhados em expor as suas realidades diante daquele que é o Médico dos médicos. O primeiro gritou pedindo-lhe misericórdia, o segundo, que era de pequena estatura, subiu numa árvore, pois grande era o seu desejo de conhecê-lo.

Certa vez Jesus disse: “Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos” (Lc 5:31). Nesse contexto, não há homem são, pois o pecado causa feridas em todos. Todos nós, independentemente da condição social, na verdade, precisamos conhecer a Jesus. Bartimeu, o cego, não deixou que a limitação que enfrentava o impedisse de alcançar a Jesus. Jesus o acolheu e o sarou. Zaqueu, o homem rico, expôs publicamente sua necessidade, e naquele mesmo dia foi tratado.

Foi Deus quem nos fez, por isso Ele conhece todas as nossas fraquezas e limitações. Acredito que Jesus prefere homens sinceros a homens perfeitos, ou sãos. Quando percebemos que não estamos tão saudáveis como imaginamos e nos dirigimos a Jesus, apresentando em sinceridade a nossa situação, agimos como crianças. Então, Ele vem ao nosso encontro, entra em nossa casa, nos toma em seus braços e nos cura.

“Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.” (Lc 18:16)

O que você acha de irmos ao médico hoje?

Guaraci Vieira
  
Em 23 de março de 2015.


quarta-feira, 11 de março de 2015

Como um leão


(1Pe 5:8)

O leão sai a rugir pela savana... todos os animais respeitam e saúdam Sua Majestade...

Satanás assemelha-se a um leão – sorrateiramente acompanha os rebanhos; seleciona um para vítima em meio a uma infinidade; envida esforços para afastá-la da companhia dos demais; e, quando essa se vê só, ataca-a fatalmente.

Quantas vezes nos encontramos envolvidos nos nossos afazeres... Como corças que pastam, não atentamos para o que se passa ao nosso derredor... – não percebemos que aquele desentendimento, aquela insatisfação, aquela incompreensão não passam de “rugidos de leão”, sutis ciladas, que visam nos entristecer e afastar do meio do rebanho.

Por maior que seja a investida desse inimigo, não deixe que o seu rugir te intimide, mas que funcione como um sinal de alerta – lembre-se: o leão não pode com uma manada.

É em meio ao rebanho que somos alimentados e encontramos proteção; afinal, não é pela nossa força que o iremos derrotar. Contudo, aquele que rejeita o “empurra-empurra”, natural quando se está em meio a uma multidão, antes, confia nas suas próprias forças, revela-se fraco e, caminhando pelos aceiros, torna-se preza fácil.

Demonstre sua força mantendo-se em sua posição. Não retroceda. A promessa do Senhor se cumprirá.

Que Deus nos sustente, por sua misericórdia.

Guaraci Vieira

sexta-feira, 6 de março de 2015

Aguardemos a próxima manhã


Eu sou uma pessoa que gosta de fotografias. Gosto de fotografar e registrar os momentos especiais que a vida nos proporciona para, mais tarde, poder visitá-los e novamente acender as lembranças. Possuo vários álbuns em minha casa, desde aqueles mais antigos, com fotos impressas, batidas com máquinas Instamatic, Love e Zenit X12, até os mais novos, armazenados em HDs, produzidas com essas câmeras digitais.

Embora tenha registrado diversos momentos da minha vida e da vida das pessoas que estão mais perto de mim, tenho a convicção de que foram muitos os momentos que passaram sem registro – realmente, temos uma propensão para registramos apenas os momentos agradáveis –, eventualmente registramos os momentos ruins. Revendo as fotos, percebo que a vida não é feita somente dos momentos bons, conforme retratam os álbuns, mas de todos os momentos, inclusive aqueles que os álbuns não foram convidados a guardar.

Ao falar sobre o local ideal para a edificação da casa de um cristão, Jesus nos ensinou sobre a variedade de circunstâncias que poderão sobrevir à vida dos homens:

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. (Mateus 7:24-27)

Extraio do texto que não importa se você é um homem prudente ou insensato, se você edificou a sua casa sobre a rocha ou se a edificou sobre a areia: você certamente sofrerá os ataques da chuva, da força dos rios e do sopro do vento. Soa estranho quando dizemos isso, mas é a verdade é que, tanto para o primeiro personagem da história contada por Jesus, como para o segundo, as circunstâncias adversas chegam igualmente. A regra é que Jesus não afastou de nós os problemas, as lutas, ou as dificuldades da vida; nós não gozamos de privilégios, por sermos cristãos, para que passemos de largo pelas circunstâncias adversas da vida. Quando Jesus orou a Deus em favor dos seus discípulos, ele não pediu para que Deus os tirasse do mundo, ou para que eles não sofressem como as demais pessoas. Sua oração foi para que o Pai os livrasse do mal (Jo 17:15).

Quando somos cercados pelas dificuldades, fatalmente retorna à mente as seguintes perguntas: “Qual a razão da crise na vida do crente?” e “Por que Jesus nos permite viver momentos que não merecem registro em álbuns de fotografias?”.

Lembro-me dos meus tempos na Escola Classe 11 de Ceilândia Norte – ainda guardo com carinho a foto tirada em 1979, na primeira série do primeiro grau, com livros de capa dura sobre a carteira, um globo terrestre a lado e uma bandeira do Brasil cobrindo a parede ao fundo –. É comum até hoje nas escolas brasileiras o sistema de avaliação por provas. Fazíamos nossas avaliações a cada bimestre e, ao final do ano, apurava-se a média. De acordo com a média alcançada, o aluno estava apto, ou inapto, a cursar a série seguinte e avançar em seu curso.

Percebo que na vida espiritual o quadro não é diferente, a Palavra revela que o Senhor também prova o justo (Sl 11:5). Pedro é bem preciso ao dizer que não devemos estranhar a prova “que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse” (1Pe 4:12). Entendo que, assim como na escola secular, também passamos por provas em nossas vidas espirituais. Essas provas são permitidas por Deus, que, por meio delas nos avalia e aperfeiçoa. Quando triunfarmos sobre elas, ele nos declara aprovados e nos habilita a avançarmos para o próximo estágio da vida cristã. É bem verdade que, às vezes, as circunstâncias são muito difíceis, principalmente se vêm envolvidas em situações de perdas irremediáveis.

Recentemente refletia sobre a eternidade de Deus: antes de o mundo existir, Deus já existia. Foi ele quem criou o mundo, o universo. Então, em minha mente veio outra pergunta: “E antes de criar o universo, quando foi que Deus nasceu ou foi criado?” Como resposta, aprendi que Deus sempre existiu, ele nem nasceu nem foi criado, antes de tudo ele era, hoje ele é e do mesmo modo ele sempre será. Essa breve reflexão me revelou o quanto a minha mente é limitada, pois sequer alcançou entender algo que parece ser simples: um ser que existe sem ter nascido ou sido criado, um ser que sempre existiu.

Assim, quando me deparo com as situações difíceis que sobrevém às vidas das pessoas que crêem no amor de Deus, quando ouço as perguntas do tipo: “Por que Fulano está passando por determinada circunstância?”, ou “Por que Deus permitiu que isso ou aquilo acontecesse?” não me constranjo em dizer: “Eu não sei.” Vejo que seria muita pretensão da minha parte me imaginar sabendo a razão de ser de todas as coisas. Contudo, o que posso dizer é que Deus está no controle de todas as coisas; que, embora eu, ou as pessoas próximas de mim, sofra os ataques da chuva, da força dos rios e do sopro do vento, Deus está no comando; que nós temos condições de passar por mais essa prova e ser declarado aprovado; que a tentação não será suficiente a nos derrubar; que quando confiamos no Senhor e cremos em sua palavra – e nesse ponto é feita a escolha do local onde você irá construir a sua casa, se sobre a rocha ou se sobre a areia – nossas casas não serão abaladas; que, ao final, passaremos de uma etapa da vida para outra, que está à frente; e que esta etapa da vida, não necessariamente, será melhor ou mais fácil do que aquela na qual fomos aprovados ontem.

Nem sempre saberemos o porquê de as coisas más acontecerem, a razão de ser de todas as coisas, muitas vezes a situação foge ao nosso controle. Se isso acontecer, não tenha vergonha de não saber todos os porquês, afinal, não sabemos tudo. Porém, prosseguindo na construção de nossas casas sobre a Rocha, uma coisa saberemos, e isso certamente fará grande diferença em nossas vidas: Nós não seremos abalados! Nós permaneceremos firmes! (Jó 19:25).

Outra certeza que encontramos na Palavra de Deus é que um dia, o Senhor Jesus se revelará, lá nos céus, e todos os olhos o verão. Nesse dia, o ouro e a prata perderão o seu valor, o ímpio será julgado e o justo receberá o alívio esperado (2 Ts 1:6-10). Por enquanto, se tudo de mal acontecer, se os fundamentos forem destruídos, devemos permanecer crendo que o Senhor está assentado em seu trono (Sl 11:2-4), e que as circunstâncias que nos envolvem diariamente fazem parte da realização um plano maior, escrito pelo próprio Deus, do qual também fazem parte as provas periódicas.

Aguardemos a próxima manhã (Sl 30:5b).

Um grande abraço,

Guaraci Vieira

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

"Senhores passageiros..."


Na busca de aproveitar o tempo da melhor maneira, certamente passaremos pelo entroncamento onde se cruzam as vidas profissional, familiar e espiritual. Essas três faces da vida precisam ser trabalhadas conjuntamente. A busca por uma boa fonte de renda é algo natural, mas, envolvido nessa busca, não podemos abrir mão de cultivar a família e a fé.

A administração da vida assemelha-se à experiência de um comandante que pilota uma aeronave. O lar onde vivemos a infância e a juventude é a nossa pista de decolagem, o local seguro onde recebemos as orientações necessárias para que as nossas expectativas a respeito de nós mesmo se tornem reais. Os exemplos recebidos dos pais, tais como: ser honesto, não mentir, amar aos pais, aos irmãos e ao próximo, respeitar os mais velhos e os professores, dentre outros, são os tijolos que usaremos para construir o nosso caráter e que nos habilitará a uma boa decolagem.

Na fase adulta, entramos em voo de cruzeiro. Nesse momento, muitos já estão bem casados, com ótimos filhos e com uma carreira ou ministério despontando. Contudo, não poucos veem as dificuldades da convivência no lar destruir aquilo que com esforço logrou construir, e se perguntam o porquê. A experiência de quem já voou nos revela: o fim da tensão causada pela decolagem é marcado pelo momento em que o comandante apresenta a sua tripulação. Na vida, não conseguiremos voar bem se insistirmos em voar sozinhos. Há necessidade de se reconhecer aqueles que diariamente nos abençoam, que tornam possível sermos quem somos. O nosso sucesso na vida profissional, espiritual e familiar está associado a isso. Se você é o piloto de uma família, perceba que há poder em suas palavras, honre a sua tripulação. Não perca a oportunidade de abençoar aqueles que estão sob o seu comando. No avião, logo após sermos apresentados àqueles se empenharão para que tudo nos vá bem, as mesinhas são baixadas, o nosso foco muda e já não recordamos a tensão vivida na decolagem.

Uma vez no ar, lembre-se que o avião não voará para sempre, ao final de cada trecho ele voltar ao solo. Do mesmo modo, também nós, voltamos à casa ao final de cada dia. Esteja sempre em sintonia com a sua família, acompanhando de perto os corações de seus pais, filhos e cônjuge. Eles se interessam e se esforçam para que alcancemos o sucesso. Eles, mais do que ninguém, são afetados pelas nossas emoções. De nada adianta conquistar o mundo e perder a família. Situação terrível deve ser voar alto e não encontrar uma pista para pousar.

Por fim, não se esqueça de que, desde a primeira movimentação na pista, durante o voo de cruzeiro e no pouso, não podemos abrir mão de ter um canal de comunicação aberto com a torre de controle. Jesus é a nossa torre. Ele nos ama e deseja que tenhamos uma vida abundante. Manter a sintonia com ele é a garantia de que o nosso voo transcorrerá em paz.

Um grande abraço,

Guaraci Vieira

Em fevereiro de 2015.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Deus nunca prometeu nos tirar de nossas lutas


“Deus nunca prometeu nos tirar de nossas lutas. Ele promete, contudo, mudar nossa maneira de encará-las.”

O apóstolo Paulo certa vez listou o que lhe perturbava: dificuldades, problemas, sofrimentos, fome, nudez, perigo e morte violenta. Max Lucado chama de os “lixões” dos quais esperamos escapar. Paulo declara: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou”.

O que seria mais fácil para Deus? Fazer um olho, ou dar vista um cego? Quantas vezes buscamos fugir dos problemas que nos cercam. Paulo nos ensina a não lutarmos contra eles, mas mudarmos a maneira como os encaramos, pois Deus é muito maior que todos eles juntos.

Ex. 4:11 “E disse-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? Ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?”

Um grande abraço,


Guaraci Vieira

Autoridade Espiritual


(Mc 1:21-28)

Algo chamava a atenção por onde Jesus passava ao ponto de o povo, os fariseus e até os demônios se incomodarem com isso – era a autoridade que possuía. O povo e os fariseus se admiravam, pois a igreja da época não estava acostumada com tamanho poder; o inimigo se incomodava porque tinha que abandonar o local onde se encontrava assentado.

Nos dias de hoje temos notícias de muitos lares nos quais encontramos filhos viciados, maridos alcoólatras, esposas fofoqueiras, casais em vias de separação... diversas são as mazelas trazidas por Satanás. Como no texto em referência, o inimigo é ousado e adentra à sinagoga e reclama, julgando estar no direito de possuir aqueles a quem chama de cavalos.

Na realidade, a autoridade que Jesus exercia é a mesma que foi concedida aos discípulos, em Mt. 10:1 e Lc. 10:19, e também a nós: autoridade sobre os espíritos imundos, para os expulsar, para curar toda sorte de doenças e enfermidades, para pisar serpentes e escorpiões, e muito mais.

Hoje nós somos chamados a exercermos essa autoridade espiritual em nossas casas e em nossas igrejas. Ao retornar ao Céu Jesus não nos deixou desassistidos, muito pelo contrário, ele nos deu poder para em seu nome realizarmos feitos maiores que aqueles que ele próprio realizou.

Contudo, para exercermos essa autoridade espiritual devemos ter consciência que não será pela influência do nosso homem exterior, pelo nosso poder de persuasão; será pela influência de nosso homem interior, que deve estar adornado com um incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que busca intimidade com Deus, que crê na sua palavra e não se dá por vencido diante dos desafios diários lançados por Satanás. (1Pe 3:3-4)

Que o Espírito Santo nos conduza.

Guaraci Vieira


Atire Flechas


(2 Reis 13:14-19)

Assim como aconteceu com o povo de Israel nos dias do rei Jeoás, nos dias de hoje a pessoa que decide seguir a Cristo tem enfrentado lutas diárias. Infelizmente, baixas têm sido verificadas, além da existência de muitos feridos. A Igreja chora.

Na passagem em referência, o profeta Eliseu nos ensina que o lugar ideal para lamentarmos as nossas perdas é diante do Senhor. Porém, devemos perseverar na fé a ponto de percebermos que nos céus algo se move em nosso favor. Nesse instante o choro cessa. Declaramos aquilo que, pela fé, contemplamos: os carros de Israel e seus cavaleiros se alinham para a batalha. A guerra que imaginávamos ser nossa e estar perdida ainda não está terminada.

O profeta nos convoca a tomarmos o arco e apontá-lo novamente para o campo de batalha – ao lugar da nossa última derrota – e, tendo firmada a nossa mão pela mão do Senhor, atirarmos flechas, desafiando o inimigo na certeza de que o Senhor pelejará por nós.

Assim como foi com o rei Jeoás, a quantidade de flechas que atirarmos será a quantidade de vitórias que teremos.

Que Deus abençoe a todos.


Guaraci Vieira

Andar com Deus


Uma coisa é comum nas histórias de Enoque e Noé: eles andaram com Deus, e isso transformou por completo o modo como eles viveram seus dias nesse mundo.

Andar com Deus certamente é o desejo de todo o cristão. Mas como fazê-lo, se a cada dia percebemos a multiplicação do pecado e o esfriamento do amor e da fé?

Como nos dias atuais, os homens daquelas gerações possuíam suas atividades, suas rotinas, suas obrigações – casavam-se e davam-se em casamento. Contudo, em meio a um período de dormência espiritual, Enoque e Noé permaneceram firmes na certeza de que Deus existe e que é galardoador daquele o busca. Eles optaram por acreditar em Deus, mesmo quando o mundo preferia tratar o assunto como de somenos importância. Ouvindo uma multidão desdenhando e tratando-o como louco, Noé não duvidou que a voz que lhe falara era a voz de Deus, e a obedeceu, a despeito do que diziam seus contemporâneos.

A companhia de Deus em nosso caminho inicia-se no momento em que acreditamos que Ele existe, quando cremos que Ele se importa conosco. A certeza de que Ele nos sonda nos leva a andarmos em sinceridade diante dEle e a certeza de que Ele nos ama, demonstrada no sacrifício voluntário de Jesus, nos encoraja e conduz a um pedido formal de perdão.

Então, crendo nEle e em suas promessas, buscando viver a vida nova que Ele nos dá, deixando para traz todas as amarguras e lembranças de nosso passado sem Cristo, desejando-o, certamente, perceberemos que Ele sempre esteve presente ao nosso lado.

Porém, não olvides que durante essa caminhada poderão lhe chamar de louco e que, dependendo do assunto que Ele tratar contigo pelo caminho, um convite lhe poderá ser feito para um jantar na casa do Pai ainda essa noite, como ocorreu com Enoque.

Um grande abraço.


Guaraci Vieira

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Semear, um desafio diário


Não obstante seja algo que, em geral, todos desejam, a mensagem de paz, alegria, amor e vida nem sempre é bem recebida.
No capítulo 13 de Mateus, Jesus fala por parábolas à multidão. Na parábola do semeador ele deixa claro que, mesmo a semente sendo boa, ela poderá encontrar tipos diferentes de solo, ou corações. A perseverança deve ser uma característica do evangelista, pois uma alma salva possui um valor inestimável.
Na parábola do joio e do trigo, vemos que, ainda que o solo seja bom, há um inimigo que peleja contra nós e que, sorrateiramente, semeia ervas daninhas a fim de prejudicar o que já foi plantado. Ao olhar para os brotos, não se precipite fazendo distinções entre joio ou trigo, mantenha o foco, o Senhor é Deus de graça e de justiça.
O capítulo termina com Jesus falando sobre o grão de mostarda e o tesouro escondido. Assim como uma pequena semente traz dentro de si as informações genéticas necessárias ao crescimento de uma árvore enorme e uma pitada de fermento é suficiente para fazer a massa de um bolo crescer, do mesmo modo a palavra de Deus possui em si um poder inimaginável, capaz de transformar a vida de todo aquele que nela crer. De fato, a mensagem de Cristo e o seu Reino é um tesouro de grande valor, pelo qual vale à pena envidar os esforços necessários para alcançá-lo.
As dificuldades para pregar as Boas Novas em um mundo egoísta e sem graça são reais, o próprio Jesus foi rejeitado. Mas, esse é o nosso prazer, e também o nosso desafio. Se você está disposto, não se abale: Ide, pregai o Evangelho. Quem crer e for batizado será salvo.
Que Deus te abençoe,
Guaraci Vieira
Em fevereiro de 2015.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Chronos e Kairós


“Chronos” e “Kairós” são palavras originárias do idioma grego. Em português, essas palavras foram traduzidas por “tempo”, porém, há uma diferença substancial entre elas:

Chronos está relacionada ao tempo seqüencial, ou ao intervalo de tempo, ao tempo que pode ser medido. Daí a existência das palavras “cronômetro” e “cronograma”. Kairós, por outro lado, se refere a um determinado momento, um evento certo, pequeno ou grande, que, devido ao seu mérito, é individualizado dentro do tempo chronos. É com fundamento em chronos que podemos gerenciar o dia – com suas horas, minutos e segundos –, as semanas, os anos e as décadas. Por sua vez, o kairós não é medido pelos tic tac do relógio, mas pela intensidade das batidas do coração, posto que a relevância de um evento é algo pessoal, para uns ele poderá ser extremamente importante, e, para outros, não ter qualquer valor.

Assim, aplicando às nossas vidas, podemos entender que chronos representa o meio, o mecanismo que possuímos para administrar a nossa vida, ações e rotinas, e que o fim, o que verdadeiramente buscamos, é kairós, a vida próspera, repleta de momentos que nos tragam prazeres e alegrias, momentos dignos de serem revividos.

Não obstante sabermos que o que desejamos é kairós, temos visto pessoas se perdendo pelo caminho. Na busca da realização de sonhos, muitos têm entrado em rotinas e se deixado ser “engolidos” pelo relógio, e, ao final, perdido o tempo de viver melhor. Constantemente vemos testemunhos de pais que não perceberam que seus filhos já cresceram e que não provaram do seu amor; esposos que não perceberam o quanto eram amados por suas esposas e não corresponderam a esse amor oportunamente, que lamentam não ter passado mais tempo juntos, e que hoje os vêem distantes ou em outros braços; obreiros que não perceberam o quanto as suas famílias os desejavam por perto para também serem abraçadas; pessoas que somente se deram conta de o quanto deveriam ter amado mais quando já não podiam mais amar... E chronos passou... E kairós não existiu.

Poucas são as verdades que sabemos a respeito de chronos: uma delas é que ele não pára; outra é que não sabemos o quanto dele ainda dispomos. Recentemente aprendi uma frase: “Quem não sabe quanto tempo tem, tem pouco tempo”.

Como você tem aproveitado o seu tempo?

Em janeiro de 2015, fomos ao culto fúnebre de uma pessoa muito amada. Sentimos tristeza ao nos despedir, choramos... Contudo, nos consolamos ao visitar os muitos kairós que possuímos. Não houve ressentimentos, nós a havíamos amado, brincado e orado juntos. O chronos passou, mas os kairós permaneceram.

Entendo que não podemos passar pela vida sem provocarmos kairós. Deus amou este mundo e por isso provocou diversos kairós – manifestações de seu amor –. Deus deu o seu filho para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Nós somos a igreja do Senhor, o corpo de Cristo, o instrumento de Deus para marcar o mundo com o amor, provocar a mudança de vida das pessoas.

Permaneça firme nesse projeto. Provoque o surgimento de diversos kairós. O tempo não espera, hoje é o momento de agirmos. Mantenha o foco. A melhor forma de aproveitar o tempo é doando-o a alguém. Provoque a existência de kairós. Da disposição da igreja em amar é que Deus entrará em evidência e será glorificado, e a luz brilhará e alcançará a muitos.

Que Deus te abençoe.

Guaraci Vieira

Por que "Células"?


As células são as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. A célula representa a menor porção de matéria viva dotada da capacidade de auto-multiplicação. As células seriam como os tijolos de uma casa, onde cada tijolo é uma célula.

Durante os três primeiros séculos, a igreja não possuía templos próprios. Os irmãos se reuniam basicamente nos lares e usavam lugares neutros como sinagogas e anfiteatros apenas para evangelizar. A igreja era uma igreja nos lares. Isso é o que podemos concluir das seguintes passagens bíblicas:

Atos 2:46 – “diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o pão de casa em casa, e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração...”

Atos 16:40 – Paulo e Silas, depois de saírem da prisão, se dirigindo para a casa de Lídia, que era o lugar onde os irmão se reuniam: “tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram”

Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo os exorta dizendo: “... jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa, e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.” (At 20:20-21)

Jesus priorizou um grupo pequeno de pessoas no seu ministério. Apesar de ter dedicado um tempo considerável ensinando nas sinagogas e ao ar livre, ele dava especial atenção a grupos pequenos, quando separou setenta e os enviou de dois em dois, e também nas inúmeras vezes em que ministrou em casas (Lc 10:1; Mc 1:29-34; 2:15; 3:20-34; 7:17; 9:28; Mt 10:12-14; Lc 10:5-7).

A igreja nas casas tem sido uma forma de expressão comum da igreja cristã. Ora são chamadas de “clubes de santidade” ou “Grupo Familiar”, ora são chamadas de “Células”. Não importa o nome pelo qual são chamadas, o que importa é que o Reino de Deus está sendo apresentado ao mundo.

As reuniões da igreja em células não busca substituir a prática do tradicional culto no templo, muito pelo contrário. As células vêm a acrescentar àquilo que já existe, funcionam como veículos de acesso a lugares remotos, aos quais os pastores de renome e grandes pregadores não conseguem chegar.

Por meio de uma palavra singela, ministrada de casa em casa, muitas pessoas que teriam dificuldade em participar de um culto no templo têm a oportunidade de conhecer a Jesus. Mediante a palavra pregada de irmão para irmão a comunhão é desenvolvida e o trabalho de consolidação do novo crente é aprimorado.

O culto no templo continua a ter fundamental importância, é no templo que temos a oportunidade de vermos reunidas as diversas células – todos os membros – louvando ao Senhor como igreja, em um só corpo e um só Espírito.

Que Deus te abençoe.

Guaraci Vieira

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

As bem-aventuranças

“Mat. 5:2   ‘Bem-aventurados os humildes de espírito, 
porque deles é o reino dos céus.’
 Mat. 5:8     ‘Bem-aventurados os puros de coração, 
porque verão a Deus.’

É engraçado como o reino de Deus vira a mesa:

Os pobres, os famintos, os que choram e os oprimidos de fato são bem-aventurados. Não por causa de seu estado, mas por causa de uma vantagem que têm sobre os demais privilegiados e auto-suficientes.

Os ricos/perfeitos podem muito bem passar pela vida descansando em seus dotes naturais, já as pessoas que têm falta de tais privilégios naturais, desqualificadas para o sucesso no reino deste mundo, têm, simplesmente, de se voltar para Deus no momento da necessidade.

Quando o ser humano admite o seu desespero e se volta para Deus, o reino dos céus se aproxima dele, tornando-o bem-aventurado.”

Um grande abraço,


Guaraci Vieira

A Bíblia



Certamente, um livro muito especial, um testemunho da ação de Deus por intermédio do seu Espírito. Somente sob a direção do Espírito Santo foi que conseguiram escrever essa coleção de livros – 66 livros, escritos por mais de 40 autores diferentes, em épocas distintas, durante um período de aproximadamente 2000 anos – cada livro cooperando com o outro para a apresentação de um único tema, qual seja: a saga de Deus, Elohim, que, ainda na eternidade, decidiu criar o ser humano, e, dotando-o de livre arbítrio, o fez à sua semelhança; o Deus que, após ser rejeitado pela criatura que criara, continuou a amá-la e, por causa desse amor, arquitetou um plano fantástico para a restauração da comunhão perdida, fazendo nascer uma nação, Israel, na qual usaria o ventre de uma mulher para que o Cristo viesse à luz e, como homem, mostrasse à humanidade o verdadeiro sentido do amor.
A Bíblia testifica a respeito de Deus e de seu amor revelado em Jesus. É por sua leitura que encontramos a palavra que nos traz vida eterna, que nos torna prudentes o suficiente para construirmos nossas casas, projetos e sonhos sobre a Rocha, de modo que não sejam abalados.
Jesus nos advertiu que teríamos aflições ao vivermos nesse mundo. Logo, a Bíblia chega até nós como um “manual do fabricante”, no qual encontramos o direcionamento de Deus para as diversas áreas de nossas vidas e a orientação que nos ajuda a desenvolver a fé e a ter uma visão que vai além das circunstâncias, a revelação de que viver em paz não quer dizer viver sem lutas ou dificuldades, mas poder descansar no Senhor e na força do seu poder, mesmo em meio a tumultos e tensões.
A Bíblia foi projetada para ser o nosso livro de estudo e de meditação diária, ela é apta para tornar aquele que nela medita semelhante a uma árvore plantada junto a ribeiros de águas, que dá o seu fruto na estação certa e cujas folhas não murcham. Além disso, é uma importante arma, de ataque e de defesa, para uso do cristão na sua luta contra os poderes espirituais das trevas durante os contra-ataques que diariamente ocorrem, principalmente em nossas mentes, disfarçados em insinuações, tentações e mentiras.
Faça da leitura bíblica um hábito em sua vida cristã e descubra o quanto Deus está próximo de você, desejoso de interagir contigo. Desperte em seu coração o desejo de conhecer esse Livro Sagrado. Para te auxiliar nisso, a Igreja Batista das Nações elaborou o Plano de Leitura da Bíblia, um folder que distribui o Texto Sagrado em correspondência aos dias do ano, de modo que, lendo uma pequena porção diária, ao final de um ano, você terá efetuado a leitura integral das Sagradas Escrituras.
Se você ainda não iniciou a sua leitura sistemática da Bíblia, hoje é um ótimo dia para começar. Ore ao Senhor, faça o seu propósito, peça ao seu líder uma cópia do Plano de Leitura da Bíblia e comece.
Que Deus te abençoe,
Guaraci Vieira

Siga o link e baixe o folder "Plano de Leitura da Bíblia"