Uma coisa que chama a atenção dos adultos é a
sinceridade das crianças. O “sim” delas, acompanhado de um sorriso quando gostam
de algo, quer dizer sim e o “não”, com todas as letras, quando não gostam, quer
dizer não. O adulto, por sua vez, para falar um “sim”, ou um “não”, tem que
examinar antes todas as variáveis presentes no contexto.
Dois homens bem diferentes viviam em Jericó
quando Jesus foi visitá-la: um deles era cego e mendigava à beira do caminho, na
entrada da cidade (Lc 18:35-43), o outro era rico e trabalhava na coletoria de
impostos (Lc 19:1-10). Ao perceberem a aproximação de Jesus, os dois não se
sentiram acanhados em expor as suas realidades diante daquele que é o Médico
dos médicos. O primeiro gritou pedindo-lhe misericórdia, o segundo, que era de
pequena estatura, subiu numa árvore, pois grande era o seu desejo de conhecê-lo.
Certa vez Jesus disse: “Não necessitam de médico
os sãos, mas sim os enfermos” (Lc 5:31). Nesse contexto, não há homem são, pois
o pecado causa feridas em todos. Todos nós, independentemente da condição
social, na verdade, precisamos conhecer a Jesus. Bartimeu, o cego, não deixou
que a limitação que enfrentava o impedisse de alcançar a Jesus. Jesus o acolheu
e o sarou. Zaqueu, o homem rico, expôs publicamente sua necessidade, e naquele
mesmo dia foi tratado.
Foi Deus quem nos fez, por isso Ele conhece todas
as nossas fraquezas e limitações. Acredito que Jesus prefere homens sinceros a
homens perfeitos, ou sãos. Quando percebemos que não estamos tão saudáveis como
imaginamos e nos dirigimos a Jesus, apresentando em sinceridade a nossa
situação, agimos como crianças. Então, Ele vem ao nosso encontro, entra em
nossa casa, nos toma em seus braços e nos cura.
“Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam;
pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.” (Lc 18:16)
O que você acha de irmos
ao médico hoje?
Guaraci Vieira
Em 23 de março de 2015.
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