sábado, 24 de setembro de 2016

O clamor de quem não clama


Você já reparou como é grande a quantidade de pessoas cegas, surdas e mudas nos dias atuais? Essa situação é agravada quando juntamos a ela o quantitativo das outras pessoas que, mesmo ouvindo e falando bem, têm esse tipo deficiência alojada na alma – homens e mulheres que se fecham em suas convicções e sequer conseguem pedir ajuda.

Como tratar essa situação? Como agir nesses casos?

São Marcos relata uma cena que nos serve de parâmetro: Um surdo foi trazido até Jesus e, diante do Mestre, rogaram-lhe para que o tocasse. (Marcos 7:32)

Como cristãos, de regra, evitamos andar nos caminhos dos ímpios ou ouvir os seus conselhos sentados em suas rodas de conversas. Buscamos combater o pecado e rechaçar a maldade. Isso não está errado, é ensino bíblico. Porém, no intuito de guardarmos a santidade, alijamos do nosso convívio aqueles a quem deveríamos amar.

No exemplo bíblico, cristãos trouxeram até Jesus um homem surdo e que não falava com clareza. Transportando para uma visão espiritual, essa também é a postura que se espera dos cristãos relativamente ao pecador. Diariamente dizemos que amamos ao pecador, mas, com a mesma frequência, o marginalizamos, excluindo-o do nosso convívio. Amar ao pecador é trazê-lo até Jesus, e, depois disso, insistir, e não desistir, até vê-lo tocado pelo Senhor.

A cura – do corpo e da alma – é possível. Não existe alguém tão longe que não possa ser alcançado pelo amor que há em Cristo. Esse é o nosso chamado: evangelizar os pobres, curar os quebrantados de coração, libertar os que estão presos ou oprimidos, restaurar a vista aos cegos e dizer a todos que hoje é dia de salvação. (Lc 4:18-19; At 1:8)

“Quando alguém está se afogando é momento de socorrê-lo,
e não de ensiná-lo a nadar.”

Que os nossos ouvidos estejam abertos para, sem atribuir culpa, ouvir o clamor das almas, principalmente daquelas que, por se acharem tão perdidas, já não clamam.

Que Deus abençoe a todos.

Guaraci Vieira

sábado, 28 de maio de 2016

O que temos deixado de herança?



O nosso patrimônio não é transferido somente após a nossa morte. Diariamente transferimos para aqueles que estão à nossa volta parte dos bens que possuímos, quer sejam eles materiais, culturais, ou espirituais. Na Bíblia está revelado que a nossa conduta poderá trazer bênçãos ou maldições para as vidas daqueles que descendem de nós (Ex. 20:5). Este é o momento de pararmos e pensarmos em o que estamos deixando para os nossos filhos.

Por mais óbvio que seja, somente é possível deixarmos para alguém aquilo que de fato possuímos. Assim, devemos examinar nossa própria consciência e optarmos pela mudança daquilo que julgamos não ser interessante para se deixar para alguém. Esse processo poderá ser traumático, pois iremos confrontar o “ser” com o “dever ser”, ou melhor, a “carne” com o “espírito”.

O desejo de Deus para nós não é consertar em nós aquilo que está estragado, mas tornar-nos, por inteiro, novas criaturas. Daí que, para deixarmos boas dádivas para aqueles que são influenciados por nossas condutas, é fundamental nos tornarmos novas criaturas. Ser nova criatura é dom de Deus, é o resultado da atuação do Espírito Santo na vida daqueles que creem: o Senhor tira de nós o coração de pedra e põe um coração de carne – é o novo nascimento.

Ao nos revestirmos do novo homem andaremos em justiça, santidade e verdade – teremos recebido a herança do Senhor para nós – teremos um tesouro precioso para deixar.

Que Deus abençoe a todos.
Guaraci Vieira


domingo, 27 de março de 2016

Se alguém tem sede, venham a mim e beba



Aquele era o terceiro e grande dia da festa. As pessoas já haviam comido e bebido muito. Já tinham festejado o bastante. Não era mais necessário que alguém oferecesse nova bebida, afinal de contas, todos já deveriam estar fartos.

Mas Jesus conhecia o coração daquelas pessoas. Ele sabia que muitos deles permaneciam vazios e tristes, e que o vinho e a festa não haviam conseguido encher seus corações com a verdadeira alegria.  Então, subitamente ele se levanta em meio às pessoas e exclama: “Se alguém tem sede, venham a mim e beba”.

Aquele que não encontrou alegria na bebida, drogas ou orgias, recebia agora o convite do próprio Cristo para vir até Ele e beber de uma água pura, que somente Ele pode dar.

Querido amigo, o convite de Jesus Cristo continua estendido para você. Ele NÃO diz: “venha a mim e TALVEZ eu te dê água”. É certo que as mãos do Senhor estão estendidas para você. As águas continuam jorrando. Seu amor e graça são infinitos.

Eu, particularmente, já provei de muitas águas, mas nunca encontrei água tão doce e suave como a que vem de Jesus. Venha e beba também. Sua vida pode ser diferente. Ele completa: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. (João 7:38)

Um abraço para todos.

Pr. Jair Vieira 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A maior conquista de um cristão


É possível ao homem, nos dias atuais, ter comunhão com Deus? A Bíblia nos revela que Deus sempre buscou um relacionamento mais próximo com os seres humanos. Veja que Ele passeava pelo jardim para conversar com Adão e Eva. Enoque, Noé e Abraão são exemplos de homens que andaram com Deus. Mas, como ter comunhão com Deus hoje em meio a tanta maldade?

Os dias de hoje não são tão diferentes dos dias de Enoque, de Noé e de Abraão. Esses homens optaram por andar com o Senhor enquanto o mundo caminhava por caminhos maus. Esse é o nosso desafio.

Jesus também caminhou com Deus, sua história foi marcada por momentos de oração – A oração faz a ligação entre o mundo físico e o espiritual, tornando possível o relacionamento entre o homem e Deus.

Todos nós sabemos que orar faz bem ao cristão, mas, a realidade é que muitos de nós temos dificuldades para implementar esse hábito em nossas vidas. Assim, seguem algumas recomendações que podem te despertar para a maior conquista que um cristão pode alcançar:

  • Lembre-se que Deus existe e te conhece melhor do que ninguém e que também está interessado em ter esse momento de comunhão com você (Sl 37:5; 103; 139);
  • Onde? Busque reservar um lugar próprio para esse encontro – quarto, sala, cozinha ou qualquer outro lugar em que você possa falar à vontade e também ficar em silêncio, para escutar – será o seu lugar secreto (Mt 6:6), propício para conversas a sós (Mc 1:35);
  • Não se empolgue em demasia, seja racional, inicie essa caminhada reservando um período pequeno. Para quem não costuma orar, cinco minutos por dia já é um bom começo. À medida que os dias forem passando você verá que é possível orar mais e, então, gradativamente, aumentar o tempo. Você verá que, com a comunhão, os assuntos surgem;
  • Tenha sempre a convicção de que Deus está te ouvindo (Hb 11:6). Seja direto e específico (Fp 4:6), não há necessidade de “encher linguiça”;
  • Não se constranja pelo fato de você ainda ser um pecado, Ele não rejeitará a sua oração (Ef 2:4-5). Porém, deixar, ou não, a vida de pecado revelará se você está disposto a ter um relacionamento sincero;
  • Lembre-se que a sua relação com Deus é de filiação, isso te dá certas liberdades de acesso que fazem muita diferença (Mt 7:11); porém, não se esqueça de algo básico: se somos os filhos, Ele é o Pai, e é Ele quem manda e quem sabe o melhor para nós. Confie nEle;
  • Uma vez que a oração é um diálogo, experimente ouvi-lo. Fique em silêncio e permita-se ser ministrado por Deus;
  • Ao final, se despeça, mas não dê adeus, deixe o canal aberto, pois Ele ainda permanecerá ao seu lado durante o restante do dia.

Mesmo os dias sendo maus, é possível conhecer o Senhor e andar com Ele, essa é a nossa maior conquista.

Que o Espírito Santo nos conduza.

Guaraci Vieira

Em 25 de janeiro de 2016.